Tradução

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Fundamentalismo Bíblico ou Liberalismo Teológico? Onde sua igreja se encontra?


Luciano Hérbet


"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”. 2 Tm. 3:1-4


Vivemos dias difíceis para a Igreja de Cristo. São tempos marcados por uma enorme ignorância acerca das Escrituras Sagradas, em que se observa, com triste pesar, um número surpreendente de pessoas que têm sido levadas ao redor, como crianças, “por todo vento de doutrina” (Ef.4:14). Tempos marcados por vontades vacilantes de seus pastores e líderes, alimentados pelo comodismo e a complacência com as coisas do mundo. Tempos marcados por uma geração que se fascina rapidamente pelas novidades e cujo espírito é de rebeldia e aversão a tudo quanto é conservador e regular. Tempos em que o padrão de vida de membros de igrejas evangélicas tem sido lastimavelmente inferior à de muitos incrédulos.

Certamente, todas essas coisas têm provocado um sentimento de profundo pesar aos crentes fiéis ao Senhor Jesus e sua santa palavra, entretanto, não somos tomados de surpresa, pois entendemos que tudo isso havia sido profetizado nas Escrituras: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrina de demônios” (1 Tm.4:1); “Porque virá tempo em que não suportarão a Sã Doutrina” (2 Tm.4:3).

Alguém, certa vez, afirmou que para afastar as pessoas do conhecimento de Cristo e da sua Palavra, a maior arma de Satanás não tem sido o ateísmo, mas a religião. E ele tem trabalhado ardilmente nesse propósito. Hoje estamos colhendo os frutos maduros do liberalismo teológico, cujo resultado é a expressão de um cristianismo enfraquecido, com pouco impacto transformador para a nossa sociedade. Acredito que o ataque sutil e sistemático às Escrituras Sagradas foi a força-motriz para desencadear todo o processo de apostasia que tem se alastrado em nosso meio. Há muito que os seminários vêm formando pastores e líderes que não crêem mais na inerrância e na infalibilidade das Escrituras.

As evidências do envolvimento das igrejas cristãs com a apostasia estão diante de nossos olhos: incapacidade de distinguir as diferenças doutrinárias, ecumenismo, ocultismo, mundanismo e o materialismo. Essas características estão em pleno acordo com a descrição da igreja de Laodicéia (Ap.3:14-20), que acreditamos ser a igreja de nossos dias, dos tempos finais. Apesar da intensa movimentação que ela produz através de seus programas, observa-se que é uma igreja “morna”, pois todo esse movimento é voltado para a glorificação do “eu”. É uma igreja marcada pelo antropocentrismo/egocentrismo. Suas atividades estão voltadas a satisfazer os desejos do homem, mediante um evangelho fácil, diluído e destituído da cruz de Cristo, cujo conteúdo é carregado de mensagens positivas e de entretenimento que alimentam o ego.

Atualmente, o sucesso ministerial tem sido avaliado através de variáveis quantitativas, como número de membros e o tamanho do orçamento. Técnicas empresariais marqueteiras, técnicas de persuasão da mente e lavagem cerebral, entretenimento, hipnose e até mesmo demonismo são alguns artifícios utilizados nos cultos supostamente cristãos para atrair as multidões. Por isso, não é difícil encontrar cultos sensacionalistas, que promovem o afloramento das emoções, valorização das experiências em detrimento das Escrituras, louvorsões massificantes e intensos, e pregadores do tipo “showman”. Isso tudo não começou de uma hora pra outra, mas foi construído devido à tolerância (complacência) dos crentes frente à apostasia que tem varrido os arraiais evangélicos. Um exemplo disso é a obra “Bom Dia Espírito Santo” - do pseudoprofeta da atualidade Benny Him - tem sido um livro de cabeceira para muitos cristãos, inclusive de membros de igrejas de denominações históricas.

Infelizmente, até mesmo alguns crentes sinceros estão nos dias de hoje aceitando idéias totalmente opostas aos princípios bíblicos e tão combatidas pelos crentes do passado. Diante desse quadro tão sombrio do cristianismo de nossos dias, urge uma resposta para o questionamento a seguir: Por que o Fundamentalismo Bíblico?

1. Porque o Fundamentalismo Bíblico milita pela Sã Doutrina e a defesa da Fé:
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tito 2:1);
“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes” (Tito 1:9);
“... e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3).
A bíblia sempre foi alvo de ataques de inimigos de Deus, mas com o advento do liberalismo teológico esses ataques passaram a vir também de dentro das próprias fileiras evangélicas. Não existe mais consenso entre os crentes que a bíblia é a inspirada Palavra de Deus, inerrante e infalível. Algumas igrejas, pertencentes a denominações históricas, hoje, têm abandonado doutrinas fundamentais da fé cristã, como a divindade de Cristo (www.espada.eti.br -Pelo Lado de Fora É uma Igreja Evangélica - Por Dentro Está Adornada com Chocantes Símbolos Ocultistas). A conseqüência prática do liberalismo presente nessas igrejas tem sido a diminuição da autoridade da Palavra de Deus no governo dessas igrejas e na vida dos crentes individualmente.

2. Porque o fundamentalismo Bíblico é comprometido com a evangelização das almas perdidas:
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm. 1:16);
“ide por todo o mundo e pregai o evangelho”(Mc. 16:15) e “fazei discípulos” (Mt.28:19,20).
Como afirma o escritor Dave Hunt: “o evangelho é simples e preciso, não dando margem para interpretações equivocadas ou concessões. Ele não pode ser negociado, nem mudado ao sabor dos tempos e das culturas. Não existe outra esperança para a humanidade. Nenhuma outra maneira de sermos perdoados e levados de volta à presença de Deus, exceto por essa porta estreita e esse caminho apertado. Qualquer caminho mais largo leva à destruição, segundo nos disse o próprio Jesus”. Algumas igrejas têm substituído esse evangelho simples e sem artifícios por um “adocicado”, “não-ofensivo”, a fim de que multidões encham seus templos, sem nenhuma preocupação com a condição espiritual dessas pessoas.

3. Porque o Fundamentalismo Bíblico reconhece a centralidade de Cristo nos cultos (cultos cristocêntricos):
“Portanto,ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos labios que confessam o seu nome” (Hb. 13:15)
Ao invés de proclamar e expor a palavra divina a fim de levar os crentes ao amadurecimento da vida cristã, alguns “cultos” são verdadeiros espetáculos circenses. Um teólogo do século passado já tinha concluído que “multidões, clamores, salões barulhentos, cânticos envolventes e o incessante despertar das emoções, são as únicas coisas que atraem a muitos”. Á semelhança de Nadabe e Abiú, muitos hoje têm levado “fogo estranho” a presença do Senhor. A bíblia nos exorta a prestar um culto racional a Deus (Rm.12: 1,2), onde haja solenidade e reverência (Hc. 2:20), decência e ordem (1 Co. 14:40).

Apesar de todo o significado pejorativo que o fundamentalismo bíblico tem sido acusado, ser fundamentalista bíblico é ser fiel ao Senhor Jesus Cristo. Ser obediente a sua Palavra e por ela viver. Então, qual a sua posição? Fundamentalismo bíblico ou liberalismo teológico? Onde você se encontra?

Luciano Hérbet.
Publicado anteriormente na revista Sã Doutrina (edição de Nov/Dez de 2006)
www.revistasadoutrina.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Estou de acordo com tigo meu irmao é desse liberalismo que surgiram os falzos profetas,sou metodista mas fundamentalista também um abraço continue na luta amém.