Tradução

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

BREVES REFLEXÕES

L. Hérbet

. João 6:35
"E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede"

Jesus é o pão da vida - a sua palavra é o verdadeiro alimento espiritual. Ninguém nunca falou como esse homem - disse um de seus ouvintes no Templo de Jerusalém. Não! ninguém nunca falou como Ele, porque Ele é o próprio Logos (a Palavra de Deus). Sua palavra transformou milhares de vidas, deu significado e direção própria a milhares de homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que não temem entregar suas próprias vidas por amor a Cristo. Ninguém nunca falou como Ele, porque Ele é o próprio Deus. Aqui encontra-se toda a diferença entre Jesus Cristo e qualquer outro "grande" homem que já existiu ou vive entre nós. Nenhum deles deu a sua vida pelos seus pecados, nenhum deles ressuscitou da morte, nenhum deles criou o próprio mundo, nenhum deles voltará novamente. Não há comparação entre Jesus e qualquer outro ser humano. Jesus é Deus - Deus que se tornou homem por amor a cada um de nós; basta-nos saber disso e pronto. O nosso coração descansa aqui.

. Isaías 49:15, 16a e 64:4
"Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei"; "Porque desde a antiquidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera".

O amor paternal de Deus, que é o seu cuidado ou zelo que Ele tem para com cada um de nós é superior ao de qualquer outro, inclusive do amor de mãe, e a prova disso é Jesus, que tornou-se homem e tomou e morreu na cruz por meus pecados.

Deus tem preparado algo para os seus filhos que a nossa compreensão ainda não é suficiente para entender toda a extensão do Seu amor. O lar que Jesus preparou para nós é tão maravilhoso que os nossos corpos precisarão ser transformados para desfrutar daquilo que é o céu - ese é o presente de Deus para os seus filhos.


. João 15:1a; 13
"Eu sou a videira verdadeira...Ninguém tem maior amor do que este, de dar a sua vida pelos seus amigos".

Jesus é a videira que alimenta os ramos, e nós somos os ramos. Jesus nos chamou para produzir valiosos frutos, mas para isso devemos estar totalmente em comunhão com o Senhor. Quero considerar dois aspectos nesse processo: (1) O aspecto externo ou os frutos que produzimos em nossa vida cristã são as boas obras que praticamos, ou seja, as nossas decisões, atitudes. São obras/ações que nutrem ou alimentam as pessoas, ou seja, são bênçãos na vida dos que estão ao nosso redor. É o labor no reino de nosso Pai celestial;
(2) O aspecto interno, é o que mais tenho lutado, pois não creio ter completamente alcançado em meu viver o fruto do Espírito Santo. É a submissão completa ao Senhor que faz o controle de nossas vidas sair de nós mesmos e descansar cabalmente em Suas mãos. Produzir esses frutos glorifica o nome de Cristo.

domingo, 7 de setembro de 2008

Casamento no Senhor



Rev. Angus Stewart
Tradução: Mateus Mota


1 Coríntios 7:39 ordena que se um cristão for se casar, deve fazê-lo “somente no Senhor”. Obviamente isso proíbe o casamento com incrédulos e, portanto, namorá-los, pois o propósito do namoro é verificar se é a vontade de Deus que você se case com aquela pessoa. O pecado de cristãos professos namorando e se casando com incrédulos levou à apostasia da igreja existente antes do dilúvio e à destruição do mundo antigo pelo dilúvio (Gênesis 6:1-2)! Desobedecer ao mandamento de Deus casando-se (ou namorando) um não-cristão é uma das diversas maneiras pelas quais um(a) filho(a) de Deus coloca sobre seus ombros (o doloroso) jugo desigual: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” (2 Coríntios 6:14). Dessa forma, diz a Confissão de Fé de Westminster: “A todos os que são capazes de dar um consentimento ajuizado, é lícito casar, mas é dever dos cristãos casar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem casar-se com infiéis, papistas ou outros idólatras; nem os piedosos prender-se a jugo desigual por meio do casamento com os que são notoriamente ímpios em suas vidas, ou que mantêm heresias perniciosas” (XXIV:III).

Mas e se alguém for salvo após ter se casado, e Deus não tiver convertido a outra parte, seja esposo ou esposa; ou, o que dizer se um cristão se casar, pecando, com um incrédulo? Isso significa que eles deveriam se divorciar? Não! “Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela, não deixe o marido” (1 Coríntios 7:12-13). Os cristãos devem se casar apenas com outros cristãos piedosos e ortodoxos. Além do mais, se Paulo roga aos seus irmãos coríntios “pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo” que eles falem a mesma coisa, e estejam perfeitamente unidos em uma só mente e parecer, a fim de que não houvesse divisões entre eles (1 Coríntios 1:10), quão muito mais isso não se aplica a dois crentes que estão considerando se tornarem uma só carne pelo matrimônio? Certamente, não deve haver divisões entre eles! Sem dúvida, eles devem falar a mesma coisa e ter a mesma disposição mental e o mesmo parecer!

Dois cristãos que estão contemplando o casamento devem ter a mesma disposição mental e o mesmo parecer sobre a natureza do próprio casamento (união de duas pessoas “até que a morte nos separe”), os papéis de cada um no casamento (maridos como líderes amorosos e esposas como auxiliadoras submissas, assim refletindo o relacionamento de Cristo para com a Igreja), e os propósitos do casamento (companheirismo íntimo e auxílio mútuo, criar crianças santas, e evitar a fornicação). Eles devem, também, e obviamente, ter a mesma disposição mental e o mesmo parecer no que diz respeito à doutrina bíblica, conforme ela está resumida nas confissões Reformadas.

Mas há outra forma de considerar a unidade requerida para o casamento “somente no Senhor” (7:39). Somos ensinados por esse versículo que devemos nos casar apenas com outra pessoa que confesse e viva sob o senhorio de Jesus Cristo – seu governo e senhorio soberanos de todas as coisas. Cristo é Senhor da criação. Acaso seria casar “somente no Senhor” se unir a um “teísta evolucionista” ou um “criacionista progressivo? Tal pessoa nega o senhorio de Cristo, como aquele por meio de quem foram feitas todas as coisas nos céus e na terra num espaço de seis dias, porque ela se compromete com o evolucionismo. Cristo é o Senhor da história, como soberano governador de todas as coisas, mesmo do pecado e catástrofes e o anticristo, segundo o eterno decreto de Deus (Efésios 1:11). Acaso seu namorado ou namorada crê nisso? Cristo é o Senhor da redenção, morrendo na cruz para purgar os pecados de Seu povo (Mateus 1:21), Seu rebanho (João 10:15), Sua semente (Isaías 53:10) e Sua igreja (Efésios 5:25) – e não os pecados dos bodes (Mateus 25:33), nem os da descendência da serpente (Gênesis 3:15), nem da sinagoga de Satanás (Apocalipse 3:9). Cristo é o Senhor da eleição e da reprovação (Romanos 9), da regeneração (João 3:8; Tiago 1:18), do chamado, da justificação, da adoção e da glorificação (Romanos 8:30).

Como pode alguém que recebeu a verdade da soberana graça ser “inteiramente unida, na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1 Coríntios 1:10) com alguém que faz a salvação de Deus depender do “livre-arbítrio” do pecador? Cristo é o Senhor da igreja, como o seu único redentor, cabeça e rei. A sua vontade, nas Escrituras, deve determinar a doutrina da igreja, seus sacramentos, disciplina, adoração e governo, e não os sentimentos dos homens, a cultura moderna ou as tradições antigas. Cristo é o Senhor da aliança, estabelecendo-a não apenas com os crentes, mas também com a sua semente eleita (Romanos 9:6-13), e ordenando o batismo das crianças desses crentes (Gênesis 17:7; Atos 2:39; 16:14-15; Colossenses 2:11-12).

Cristo é o Senhor também do todo de nossas vidas: corpo e alma; trabalho e descanso; família, lar, filhos e amizades, etc. Ele é nosso senhor e nós somos sua propriedade, de maneira que nossas habilidades, nosso tempo e possessões devem se colocar a seu serviço – no namoro e no casamento igualmente!
Assim, os cristãos devem se casar (e namorar) crentes ortodoxos no temor de Jeová, buscando agradar a Cristo e em todo tempo submeter-se ao seu senhorio e honrá-lo. Tais casamentos glorificam a Deus, fortalecem a igreja e resultam em lares cristãos sólidos… e esposas felizes e contentes (Salmos 127-128)!

Fonte: http://www.cprf.co.uk/
Extraído do site: www.monergismo.com

GLUTONARIA



Prof. Herman Hanko
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto


Embora o leitor não cite um texto específico, ele pergunta: “Por que a igreja parece quase silenciosa em pregar e ensinar sobre o assunto da glutonaria? Ouvi dizer que no passado a igreja pregou sobre isso, enquanto hoje nós praticamos a glutonaria!”. A Escritura menciona o pecado da glutonaria mais de uma vez, embora não freqüentemente. Em Deuteronômio 21:20, os pais de Israel são ordenados a levar um filho rebelde e obstinado aos anciãos e dizer a eles: “Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão.” Esse mandamento para levar um filho rebelde aos anciãos ainda está em vigor! Em Provérbios 23:20-21, Salomão admoesta o povo de Deus: “Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos.”

Os judeus consideravam a glutonaria ser um pecado sério, e por isso acusaram o nosso Senhor de ser “um homem comilão e beberrão” (Mt. 11:19; Lucas 7:34). Embora a glutonaria não seja mencionada por nome em Provérbios 23:1-3, a admoestação é importante: “Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que é
posto diante de ti, e se és homem de grande apetite, põe uma faca à tua garganta. Não cobices as suas iguarias porque são comidas enganosas.” E seria bom ler também os versículos 4-8.

O leitor assume em sua pergunta que a glutonaria é um pecado, mas pergunta especificamente o porquê os ministros nunca pregam sobre ela. Eu não sei a resposta; pode haver muitas respostas: o próprio ministro come demais; quando um ministro condena a glutonaria desde o púlpito, as pessoas recebem tal admoestação com hilaridade (como aconteceu uma vez comigo); muitos na congregação são glutões e o ministro não quer ofendê-los; a glutonaria é geralmente considerada como um pecado insignificante, não digno da nossa atenção. Uma razão, contudo, pela qual os ministros raramente pregam, se é que pregam, sobre esse pecado pode ser que a glutonaria é difícil de definir.

Suspeito que um homem magro que coma tudo o que deseja e nunca engorde sequer uma grama, definirá glutonaria um tanto diferente da pessoa que come de forma reduzida e, todavia, engorda com tudo o que come. Um homem que come com voracidade e nunca aumenta de peso pode ser culpado do pecado de glutonaria, enquanto uma pessoa obesa pode não ser. Nem todos os obesos são glutões, e nem todos os magros estão livres desse pecado. Os presbíteros na igreja não descobrem quem são os glutões entrando na casa de cada um e pesando os membros da família numa balança que carregam consigo.

Um problema adicional de nenhuma significância pequena é: Quanto uma pessoa pode comer antes de cair no pecado de glutonaria? Ou, na mesma linha: Quais comidas ele deve comer e quais deve evitar, para se guardar do pecado de glutonaria? Há poucos glutões nos países de terceiro mundo onde o problema não é comer muito, mas manter-se vivo. Nós que vivemos em fartura devemos considerar que o pecado pertence especialmente aos nossos tempos e em nossas circunstâncias.

Contudo, eu creio sinceramente que os ministros conscientes que pretendem pregar todo o conselho de Deus, e que buscam aplicar essa Palavra de Deus à congregação, pregam sobre glutonaria, mas fazem isso sem mencionar especificamente o pecado. Como? A quantidade do que como e bebo e o tipo de comida e bebida é tudo questões de liberdade cristã. Elas pertencem àquela área onde nenhuma lei deveria ser feita, onde o cristão, ungido por Cristo para ser rei na casa de Deus, governa sua vida pelos princípios da Escritura, e onde sua própria

consciência é o seu guia – uma consciência cativa pela Palavra de Deus. E assim, um ministro consciente prega os princípios que fundamentam esse pecado. Quais são alguns deles? Não devemos ficar preocupados sobre o que deveríamos comer e beber, pois Deus, que cuida dos pardais, prometeu tomar conta de nós (Mt. 6:25-34). Muita glutonaria começa por falhar em prestar atenção a essas palavras de Deus. Com geladeiras cheias, nós nos preocupamos constantemente.

Não devemos ser ascetas que, nos interesses de permanecer magro, evitamos os dons de Deus. Devemos recebê-los com gratidão, santificá-los com a Palavra de Deus e oração, e desfrutá-los como dons bondosos de Deus (1Tm. 4:1-5). Nunca devemos pensar em alimento e comida como fins em si mesmos, a serem desfrutados por causa deles, mas devemos lembrar que nosso chamado é buscar o reino de Deus e a Sua justiça (Mt. 6:33). Isto é, comida e bebida nos são dados por nosso Pai do céu, para que possamos ter a força para continuar nossa jornada de peregrinos rumo ao céu, e, enquanto estamos ainda sobre a Terra, fazermos a obra do reino nos dada como tarefas por Cristo.

Se nos entregamos às comidas e bebidas dos tipos mais caros e não ajudamos aos pobres, a comida que comemos não somente nos engordará, mas se tornará em amargura dentro de nós sob a maldição de Deus. Deus se preocupa muito com os pobres!
Tão importante é o reino da justiça de Deus que suas obrigações excedem comida e bebida. Se necessário, como é para muitas pessoas, escolher entre a instrução cristã e a comida, entre a pregação e batatas, entre missões e pêssegos, a causa do reino de Deus deve vir em primeiro lugar. Quando, em nossa fartura, comemos guloseimas e comidas exóticas que não são boas para nós, tornamo-nos glutões. Quando comemos qualquer comida que prejudique a nossa saúde, pecamos. Isso não significa que devemos ouvir aos médicos o tempo todo ou usar uma pequena balança na nossa mesa, ou contar as calorias constantemente, mas significa que a regra bíblica, “seja a vossa moderação notória a todos os homens. Perto está o Senhor” (Fp. 4:5) é uma palavra muito necessária em nossos dias.

Ao comer e beber, bem como em todas as outras coisas, façamos tudo para a glória de Deus (1Co. 10:31).

Fonte: http://www.cprf.co.uk/
Artigo extraído so site: www.monergismo.com